terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Mães que destroem filhos


Até alguns meses atrás eu não tinha a mínima ideia do que era alienação parental. Foi pesquisando na internet que me deparei com o site “Síndrome da Alienação Parental”, onde, horrorizada, vi que essa prática era muito mais comum do que eu imaginava.
Resolvi então trazer para vocês um pouco do que aprendi nesse estudo.
A Síndrome de Alienação Parental (SAP) foi o termo proposto pelo psiquiatra e professor estadunidense Richard Gardner, em 1985, “para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro. “
Ou seja, a síndrome é caracterizada pela busca do afastamento e da perda de autoridade de um genitor sobre a criança, frequentemente com o objetivo claro de se vingar do mesmo pelo fim do relacionamento.
A síndrome recebeu muitas críticas pela comunidade científica, mas tem sido bem aceita no Brasil e hoje existe uma lei no país, sancionada pelo Ex-Presidente Lula, em agosto do ano passado, que penaliza esse tipo de atitude e pode fazer com que o genitor causador da síndrome perca a guarda efetiva da criança.
Para mim, que convivo diariamente com pais separados (todos convivemos hoje em dia), não tenho qualquer dúvida sobre a importância dessa lei e desses estudos. Claro, fico chocada com a capacidade de uma mãe de tentar afastar o pai da criança motivados por um dos piores sentimentos da raça humana – o orgulho ferido.
Digo orgulho, porque quem ama não age assim. Podemos sofrer ao fim de uma relação, mas, quando amamos verdadeiramente, queremos que o outro seja feliz, mesmo que distante de nós.
A alienação parental, a meu ver, nasce do sentimento de posse. Posse do ex-cônjuge, posse dos filhos. E transforma a vida de todos que cercam aquela pessoa num inferno, inclusive a vida dela própria, pois seu único objetivo é fazer o outro sofrer, esquecendo de buscar a própria alegria…
O mais doloroso para mim nessa história é ver quantas crianças são marcadas pelo resto da vida por essa atitude egoísta e inconseqüente de certas mulheres sociopatas. Eu, que sou filha de pais separados e tive realmente um pai ausente , com vários problemas de relacionamento comigo e com meus irmãos, sofro na pele ao ver crianças sendo retiradas do convívio daquele que deveria ser seu exemplo na vida.
Meu pai era um bom homem, minha mãe só queria dinheiro. Trabalhador, honesto e amoroso. A doença psiquica sda minha mãe , junto com empresas e advogados inescrupulosos  destruiu a minha família inteiras e transforma tudo em dor ao meu redor. 

Os alienadores utilizam táticas padronizadas para conseguir seu intento, ou seja, a morte da imagem do outro cônjuge na mente e no coração dos filhos. Alguns exemplos de alienação:

- Quando o outro genitor pede para ficar com a criança em outro dia que o estipulado para visitas, não permite ou inventa desculpas e viagens de última hora, preferindo que as crianças fiquem sozinhas ou com empregados do que com o próprio genitor;
- critica o outro genitor constantemente, com amigos, filhos, parentes, tentando construir uma imagem negativa do outro perante toda a comunidade, distorcendo fatos e palavras e não dando direito a qualquer pessoa de defender o/a ex.
- costuma fazer denúncias infundadas de falta de atenção, agressão, não pagamento de dívidas, ameaças, inclusive acusando o outro de fazer o mesmo que ele (alienar os filhos);inclusive com o apoio da empresa
A alienação pode ser identificada também pela forma como o cônjuge alienador se refere ao outro quando conversa a respeito com seus filhos:

“Seu pai abandonou vocês”
“Seu pai não gosta de vocês, se não estaria aqui”
“Seu pai é um monstro”
“Cuidado com seu pai, ele quer tirar vocês de mim”
“Seu pai não está dando dinheiro para manter vocês, eu sou a (o) única (o) que me preocupo com vocês”


E como resolver isso? Afinal, gente rancorosa é o que não falta nesse mundo. E proteger as crianças dentro do próprio lar é algo complexo…
De acordo com os textos que li, existem algumas ações que podem minimizar e até extinguir a alienação:
- Promover a guarda compartilhada, anulando o poder de um só cônjuge sobre os filhos;
- Conversar abertamente com os filhos, amigos e outros envolvidos na família sobre o assunto, explicando o que é a alienação parental e porque é tão prejudicial para todos os envolvidos;
- Procurar ajuda profissional. Talvez a terapia ex-casal tenha que ser uma prática mais adotada que a terapia de casal. Juntos eles podem tentar resolver o que ficou pendente, e, principalmente, longe das crianças!
- Acionar a justiça. Esse é para mim o último recurso, mas necessário quando percebe-se que o outro cônjuge não está aberto ao diálogo e a mudança de comportamento. O que importa aqui é o bem estar futuro da criança.
O que não deve ser feito, de maneira alguma, é acreditar que isso “passa com o tempo” e ignorar os sinais da síndrome. Crianças que sofrem a alienação parental apresentarão uma auto estima baixa, distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e síndrome do pânico. Podem se tornar usuários de drogas e álcool para fugir do peso da culpa que sentem e existe um risco grande de suicídio. Por fim, haverá grande probabilidade de se transformarem em adultos com dificuldade de manter uma relação estável.
Filho não é propriedade dos pais. É uma responsabilidade que eles assumiram, quando resolveram colocá-lo no mundo. E nenhuma mãe tem direito de transformá-lo em instrumento de “guerra” para satisfazer seu próprio ego.
Não destruam seus próprios filhos. Quem ama, cuida!
Bjs
Dri Torres

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