segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Empresa Sociopata


A análise psicanalítica realizada no
documentário “The Corporation”, que revela uma
Corporação psicopata, atribui a responsabilidade
por qualquer dano à esta entidade autônoma
como se não houvesse um indivíduo responsável
pelos rumos tomados em sua administração, o
que não é real, porque não é possível desvincular
os danos causados pela Corporação do indivíduo
que está à frente das decisões, na medida que a
psicopatia interfere na gestão da empresa. Devesse exigir e garantir uma postura ética e
responsável de quem dirige a Corporação.
Os danos ambientais são consequência das
decisões tomadas pelos fundadores e ou diretores
da Corporação, pois apesar de ser pessoa jurídica
e agir como um organismo autônomo, só faz o que
é determinado por quem administra. Se o
administrador não tem ética e nem
responsabilidade social e ambiental as
consequências podem ser devastadoras.
Diante do perfil do sociopata só podemos
entender como perigoso a manutenção deste
indivíduo na direção da Corporação.
O diretor da Corporação portador de transtorno
de personalidade não está manifestando uma
doença, lesão ou outra afecção cerebral, mas XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e
IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba
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buscando o prazer através do lucro sem se
preocupar com as outras pessoas. Por discernir o
certo do errado, não sentir culpa e não aprender
com a experiência ou punição deverá ser afastado
definitivamente das atividades no setor
empresarial.
Para alcançar a sustentabilidade é necessário
ter uma visão holística para compreender a
importância de avaliar o indivíduo que irá dirigir a
Corporação para não ter em um cargo de grande
poder de decisão um psicopata, pautando a
nomeação ou contratação em avaliação
psiquiátrica que permita a escolha de pessoas
éticas e responsáveis.
A busca da excelência nas áreas social,
econômica e ambiental deve ser uma
responsabilidade comprometida, onde os
colaboradores, dirigentes e acionistas incorporam
estes valores em suas vidas pessoais como
cidadãos engajados.
A sociedade e o Estado têm obrigação de
defender e preservar o meio ambiente para as
presentes e futuras gerações, e se necessário for,
implementar mais instrumentos de comando e
controle para afastar o sociopata definitivamente
do setor empresarial e das famílias.
Portanto, diante de um direito metaindividual
como o direito ao meio ambiente, justifica-se a
adoção de medidas preventivas como a avaliação
psiquiátrica admicional e periódica do indivíduo
que irá assumir um cargo de grande poder de
decisão como também o uso de instrumentos
legais para afastar definitivamente e
responsabilizar aquele que fez mal uso de seu
poder de direção na Corporação causando danos
ambientais.

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