No Brasil pratica-se uma filosofia que parece estranha: quando alguém é enganado, roubado, ou passado para trás, a culpa é da vítima e não do delinquente – porque se pôs a jeito, “facilitou”.
História típica: o marido descobriu que a mulher o enganava. Interessava-lhe apanhá-la em flagrante, talvez para efeitos de divisão de bens no divórcio. Foi com duas testemunhas e a polícia ao local do crime, um apartamento da zona sul. Alguém percebeu o que se passava e juntaram-se pessoas na rua. Quando a mulher saiu enquadrada pelos polícias, com um ar compungido, foi aplaudida. O marido, vaiado. Queixinhas, mau perdedor. Maricas.
A nós, portugueses, pode parecer estranho, até perverso, este modo de ver as coisas, mas na realidade praticamo-lo constantemente, numa inversão de valores até mais complexa, mas não menos enviesada.
Os sociopatas preparam tudo para se fazerem de viítimas e cuparem as verdeiras vítimas, se associam a empresas . advogados , usam qualquer coisa legal ou ilegal , para nâo se sentirem culpadas e se passarem por vítimas .
A culpa do que nos acontece a nós é sempre dos outros.
E a culpa do que acontece aos outros é bem feito.
História típica: o marido descobriu que a mulher o enganava. Interessava-lhe apanhá-la em flagrante, talvez para efeitos de divisão de bens no divórcio. Foi com duas testemunhas e a polícia ao local do crime, um apartamento da zona sul. Alguém percebeu o que se passava e juntaram-se pessoas na rua. Quando a mulher saiu enquadrada pelos polícias, com um ar compungido, foi aplaudida. O marido, vaiado. Queixinhas, mau perdedor. Maricas.
A nós, portugueses, pode parecer estranho, até perverso, este modo de ver as coisas, mas na realidade praticamo-lo constantemente, numa inversão de valores até mais complexa, mas não menos enviesada.
Os sociopatas preparam tudo para se fazerem de viítimas e cuparem as verdeiras vítimas, se associam a empresas . advogados , usam qualquer coisa legal ou ilegal , para nâo se sentirem culpadas e se passarem por vítimas .
A culpa do que nos acontece a nós é sempre dos outros.
E a culpa do que acontece aos outros é bem feito.
publicado por Perplexo às 09:30
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